segunda-feira

COISAS DE ANJO


O nome do meu anjo é Aniel. É um bom anjo, mas se intromete demais em minha vida e por causa disto já tivemos muitos problemas em nosso relacionamento.
Eu tenho os meus defeitos, os meus vícios, mas assim como eu os criei, acho que tem que ser eu a acabar com eles. Eu sei que ele quer me ajudar e tudo o que faz é para o meu bem, mas as coisas não são tão fáceis assim, é preciso tempo, tentar várias vezes. Ele sabe que no fundo sou boa pessoa e que quero fazer as coisas certas, se não consigo é porque sou humano, tenho minhas limitações, ele como anjo deveria saber disso e ter mais paciência comigo. Nem sempre os meus erros são intencionais, e mesmo quando eles acontecem, só trazem prejuízos a mim. Eu já pedi várias vezes para ele me dar um tempo, se afastar um pouco e deixar eu me virar sozinho. Ele até que tentou, por uns dois ou três dias ele se afastou, mas depois deste tempo voltou com tudo:
__ Não faça isto, não faça aquilo, você pensou bem no que vai fazer? Isto é perigoso! Cuidado! E assim por diante...
Eu já não agüentava mais, por isto resolvi colocar em prática uma idéia que estava amadurecendo há algum tempo com o intuito de resolver o problema, pelo menos temporariamente. Disse a ele que precisávamos ter um papo sério, para isto escolhi meu lugar favorito, ao lado do jardim, um lugar calmo, silencioso, próprio para se conversar com anjo.
Seu silencio demonstrava preocupação, ele nunca foi assim, pelo contrário, sempre que o chamo para conversar ele vem dizendo um monte de coisas e acabo por deixar de dizer o que pretendo. Mas agora, talvez pelo local ou por adivinhar meus pensamentos (já que anjos têm facilidades para isto), ele nada falou. Resolvi me abrir com ele, dizer o que sentia e pensava, o que eu não queria mais era que houvesse desentendimentos entre nós e por isto queria lhe propor algo.
Seu silencio me permitia continuar:
__ Você sabe do amor que eu tenho por este jardim, sabe o quanto eu gosto de flores, e sabe também que eu gostaria de ter mais tempo para cuidar delas. Ele continuava calado, esperava minha conclusão:
__ Minha proposta é a seguinte: Eu gostaria que você cuidasse dele, que viesse morar aqui e em troca eu venho todos os dias falar das coisas que fiz, das que deixei de fazer, enfim, ti darei satisfações de minha vida, e assim você poderá me aconselhar, dar palpites ou o que achar melhor.
Silencio.
__ Você morando no jardim poderá cuidar dele, conversar com as flores, saber de suas necessidades e depois me contar, tenho certeza de que tem muitas coisas que elas gostariam de me dizer mas por causa de minha falta de tempo elas ficam sem falar. Então, o que você acha?
Passado o tempo necessário para me deixar preocupado, pra meu alivio ele disse que concordava, mas me fez prometer que eu pensaria duas vezes antes de fazer qualquer coisa. Depois de prometer agradeci a sua compreensão e me retirei. Sentia-me leve como uma pena e livre como os pássaros (os que são livres é claro). Quando me aproximei do portão que a partir daquele momento iria separar nossos mundos, ele me chamou. Estremeci, será que ele havia mudado de idéia? E o que era pior, será que na intenção de ser mais útil ele me diria que poderia cuidar de mim e do jardim ao mesmo tempo? Virei-me devagar, desconfiado, com certeza meu semblante demonstrava a insatisfação de encarar um arrependimento de sua parte. Ele apenas demorou um pouco olhando pra mim pra dizer:
__ Promete que vai se cuidar? Demorei pra digerir suas palavras, quando consegui foi pra chegar a conclusão de que os anjos possuem parafusos a menos.
Foi a melhor coisa que aconteceu pra nós dois. Pela primeira vez eu fazia as coisas sem a preocupação de que elas seriam julgadas e criticadas. Certas ou erradas, as conseqüências viriam mais cedo ou mais tarde, porem, eu tinha tempo de observa-las e fazer um julgamento próprio. Claro que cumpri minha parte no trato visitando o jardim todos os dias. Isto passou a ser uma obrigação, eu sabia o compromisso que tinha assumido.
No começo estávamos meio sem graça, parecia que tínhamos vergonha de admitir que agora vivíamos melhor que antes, sem se preocupar tanto um com o outro, ele, em me ajudar, e eu, em evitar sua ajuda. Pelo menos agora estávamos em paz. Eu fazia questão de contar tudo pra ele, nada omitia por não ter motivos pra isso, afinal, tudo que eu fazia era com a consciência de saber que minhas ações, boas ou más, trariam lições que certamente contribuiriam para meu crescimento.
Por outro lado, meu anjo executava um trabalho muito bom, eu não teria feito melhor, ele realmente cuidou do jardim, expulsou os maus fluidos, orientou-me no sentido de mudar algumas plantas de lugar pra melhor adaptação, ajudou na hora dos botões se abrirem, e conversava com todas as flores. O jardim estava lindo e nós estávamos felizes. Minhas flores preferidas no jardim eram as de cor vermelha, claro que não demonstrava isto para as demais, mas as vezes minhas atenções se voltavam mais pra elas e Aniel me chamava a atenção quando isto acontecia.
O jardim era visitado por muitos beija-flores, mas um em especial sempre conversava por mais tempo com meu anjo, confesso que comecei a sentir ciúmes daquelas conversas que ás vezes demoravam uma manhã inteira. Foi minha vez de chamar sua atenção dizendo que se ele ficasse de conversinhas com aquele beija-flor, se descuidaria de suas obrigações. Aparentemente as conversas diminuíram, mas eu desconfiava, cheguei muitas vezes de surpresa e avistei o beija-flor a seu lado, nada diziam, mas tenho quase certeza de que isto acontecia pelo fato de que eles percebiam a minha aproximação.
O beija-flor nada tinha de diferente dos demais que freqüentavam o jardim, era um filhote ainda, seu corpo tinha uma coloração verde musgo entremeado por pontos azuis, e do pescoço pra cima era de um azul intenso, escuro, quase negro, que cobria toda a cabeça. Eu não queria admitir, mas o bichinho era lindo!
Dos defeitos que tenho e dos quais tenho lutado para me livrar, é o fato de ser muito teimoso, ciumento, e orgulhoso. Estes defeitos têm sido motivos para muitas desavenças entre eu e meu anjo, e um desentendimento muito sério aconteceu no final do outono passado. Meu anjo fizera um pedido simples mas que eu questionei por causa do objetivo. Com a proximidade do inverno, ele queria que eu comprasse algumas telhas para cobrir um pedaço do jardim, eu quis saber o motivo para executar este serviço, e ele me disse que era para proteger os beija-flores do frio, pois do contrário eles teriam que procurar um outro lugar onde suas sobrevivências seriam menos sofridas. Eu tinha certeza de que em algum lugar nos fundos do quintal tinham algumas telhas que poderiam ser usadas, mas a verdade é que possuído pelos ciúmes que sentia de sua relação com o filhote, explodi em acusações:
__ Quer dizer então que na verdade você só está preocupado mesmo é com os beija-flores, ou melhor, está preocupado com seu amiguinho particular, e eu que pensava que você deveria cuidar era do jardim. Aniel manteve uma calma que só nos anjos era possível num momento como aquele, e quando falou, demonstrou toda a sua decepção para comigo.
__ Minha preocupação é para com os dois, mas neste momento ela é maior com os beija-flores. Um jardim pode muito bem passar sem eles, mas eles precisam dos jardins para viver. Mas não pense você que esta necessidade faz com que eles se tornem simples parasitas que não retribuem o alimento que retiram das flores. Eles ajudam na distribuição dos polens sobre a terra, limpam o jardim de larvas nocivas de algumas moscas, são verdadeiros médicos que garantem a saúde das plantas. Este amiguinho particular do qual você fala vai além disto, ele me ajuda a cuidar do jardim. Com o bater de suas asas ele limpa as folhas das plantas retirando a poeira que impede que elas respirem, e também faz todo o trabalho material que eu, como anjo, não posso executar. A propósito, além da cobertura eu gostaria que você colocasse alguns bebedouros com glicose, pois como você deve estar ciente, por algum tempo não teremos flores, e por conseqüência faltarão alimentos, já que é delas que eles o retiram.
Seus argumentos eram convincentes, mas não me agradava o rumo que as coisas estavam tomando. Orgulho? Talvez, a verdade é que para mim o jardim continuaria a existir com ou sem os beija-flores. Percebi que Aniel conhecia meus pensamentos, e naquele momento senti o seu desprezo por mim, e descobri da pior maneira possível que até os anjos podem ser magoados.
O inverno chegou, as flores desapareceram, e os beija-flores foram embora, permanecendo apenas o filhote. Contrariando a natureza ele ficou. Nas manhãs de frio intenso eu o avistava tentando se proteger por entre as grandes folhas do crisântemo, Aniel estava sempre a seu lado, agora não faziam mais questão de esconder a amizade entre os dois. No decorrer do dia quando a temperatura se elevava, o pequeno pássaro era visto nos galhos da roseira de rosas brancas, uma planta que sinceramente não era das que eu mais gostava, se ao menos fossem rosas vermelhas...
No meu intimo sentia pena do beija-flor, alem de estar num lugar errado nesta época de frio, não tinha alimento e ainda por cima venerava uma planta cujas flores não tinha graça nenhuma. Como que para castigar ainda mais o pobre coitado, o inverno estava rigoroso, ocorriam geadas quase todas as noites, e o jardim amanhecia esbranquiçado e quase sem vida. O beija-flor parecia resistir por milagre, creio que se não fosse a presença de Aniel ele já teria morrido.
Meu anjo não falava mais comigo, e respondia por monossílabos o que eu lhe perguntava. De minha parte eu esperava que ele fosse um pouco mais flexível, mais compreensível, que me entendesse.
Numa manhã de domingo, ainda vivendo os rigores da estação, fui visitar o jardim levando uma nova muda de flor. Um pé de orquídea, que produzia flores rubras, um vermelho intenso, selvagem, que há muito tempo eu desejava e estava muito feliz por consegui-la. Grandes eram minhas expectativas em plantar uma flor diferente das demais que possuía, gostaria que já estivéssemos na primavera e ela pudesse exibir toda sua beleza. Minha euforia fez com que eu esquecesse dos problemas com meu anjo, até contava com sua ajuda para escolher o lugar ideal para o plantio. Por não avistá-lo quando cheguei ao jardim gritei por seu nome, por detrás dos crisântemos ele respondeu e pude notar sua má vontade em me atender, isto já era o bastante para me irritar, mas quando percebi que ele cuidava do beija-flor, desejei de coração nunca ter conhecido um anjo. Não precisei dizer a ele sobre minha intenção de plantar uma nova flor, ele já sabia, mas a pergunta que fizera me desconcertou.
__ Você gosta mesmo de vermelho não é? Com ironia respondi que não, minha cor preferida era verde, mas esta eu já tinha nas plantas. A nova orquídea que iria plantar era linda, vermelha, uma cor que fica bem em qualquer jardim e arrematei dizendo que o vermelho era a cor da paixão. Ele retrucou que no meu caso era a cor da discriminação, e eu pude sentir com suas palavras que um abismo se formava entre nós.
Depois de executar o serviço que me fizera ir até o jardim, me preparava para sair quando Aniel pediu que eu olhasse para a roseira de rosas brancas, não vi nada mais do que galhos retorcidos de roseira que, talvez por causa do frio, alguns já haviam secado, ele insistiu e eu ia lhe dizer que sua atitude só me fazia perder tempo quando avistei um botão. Na atual circunstancia, em pleno inverno, uma planta tentava gerar uma flor. Fiquei impressionado, mas por orgulho tentei não demonstrar e lhe disse que apesar de tudo não passava de uma rosa branca. Retirei-me do jardim como se estivesse fugindo, precisava pensar, encontrar explicações já que para tudo existe uma.
Como era difícil fazer um anjo entender, e como era difícil eu entender certas coisas. Um botão de rosa numa situação em que até a sobrevivência de uma planta é tão difícil, a sobrevivência de um beija-flor em condições tão contrárias, a verdade é que meu jardim começava a me deixar louco e meu anjo nada fazia para evitar. Havia uma batalha entre eu e meu anjo, mas o poder estava comigo, o jardim era meu e anjos existem para cuidar da gente , não para nos julgar. Resolvi que no dia seguinte as coisas teriam que ser passadas a limpo, e foi o que aconteceu.
Como sempre tive que chamá-lo, não pelo nome, apenas gritei um "hei!", eu não estava muito a fim de intimidades. Consegui segurar a irritação ao vê-lo saindo do esconderijo que as folhas de crisântemo proporcionava, fui curto e grosso:
__ Tenho duas coisinhas pra ti dizer. Primeiro, você deveria me comunicar qualquer coisa diferente ou estranha que ocorresse no jardim, nenhuma planta gera uma flor num inverno tão rigoroso, e no entanto, uma roseira tem um botão, como é possível? Segundo, este beija-flor continua vivendo no jardim, como isto também é possível se não existem flores que possam alimentá-lo? Você poderia me explicar? Minha ultima pergunta foi feita já com um principio de irritação por desnudar minha ignorância.
Aniel estranhou minha irritação e principalmente minha curiosidade, e como se tivesse pena de mim, sorriu com meiguice e me explicou:
__ O beija-flor está se alimentando com a seiva da roseira. Ela se propôs a fornecer a ele o alimento necessário para sua sobrevivência. Percebe? Alguns galhos já estão secos, as vidas deles foram interrompidas pra fazer viver o beija-flor. Quanto ao botão, nada há de excepcional, a roseira apenas demonstra que uma doação nada mais é do que um ato de amor, ela dá o que consome numa fonte inesgotável, tornando-se forte o bastante para gerar um botão.
Minha mesquinha existência se curvou diante daquela grandiosidade, e Aniel não fez questão de me poupar.
__ Se você parasse um pouco para pensar, refletir com o coração aberto sobre tudo o que tem acontecido, entenderia que o significado da vida só está alem de sua compreensão hoje, porque você se apegou a detalhes que só serviram para adiar seu crescimento. Você não é perfeito e sabe disto, do contrário não precisaria de um anjo. Mas tente crescer, tire esta venda de sentimentos mesquinhos que tapam sua visão e impedem que seu coração receba o reflexo de gratidão que brilham nos seres que você ama e ajuda. Aprenda a amar as coisas como elas são, ciúmes, teimosia, orgulhos, são sentimentos que só lhe trarão decepções e fará com que você alimente seu coração com ódios e vinganças. Este jardim é seu, você o criou, deu vida a ele e por isto tem poder sobre ele, poderia muito bem ter expulsado a mim e o beija-flor, mas não o fez, por bondade? Não! Se fosse por bondade teria protegido o beija-flor, teria realmente amado com igualdade todas as flores e com isto me faria feliz.
Eu estava me sentindo mal, me sentia humilhado, o mal que existia dentro de mim estava sendo mostrado como vísceras de algo cruel, queria estar longe dali, sentia vergonha por estar derrotado numa batalha criada na minha imaginação. Sem nada para dizer me retirei, e antes de abrir o portão olhei em direção da roseira, o botão havia crescido, quase para se abrir, e o que era incrível, sua cor era vermelha.
Fiquei dois dias sem visitar o jardim, no principio magoado e triste, me sentindo vítima e com pena de mim mesmo. Mas o sentimento de humilhação cedeu lugar a compreensão, e pude perceber o quanto estava errado. Como pude ser tão idiota a ponto de magoar meu anjo, o beija-flor, a roseira, e quantos seres mais, apenas por não ter sido capaz de amar sem cobranças e sem o sentimento de posse. O arrependimento pelas coisas que fiz e meu modo de agir brotou com sinceridade em meu coração, eu só pensava em correr para o jardim e pedir perdão para o meu anjo. Dizer a ele que eu faria a cobertura para o beija-flor, espalharia bebedouros pelo jardim, me desculparia com a roseira, e amaria todas as flores. Ao me aproximar do jardim, senti-me hipnotizado por uma visão que faz com que a gente se esqueça de tudo em nossa volta. Como um fantoche fui conduzido diante de uma beleza divina, e com o coração disparado consegui balbuciar:
__ Meu Deus, que flor mais linda! O pequeno botão havia se transformado numa rosa vermelha. Um vermelho que parecia vivo, impossível de ser explicado com palavras, mas eu sabia que estava diante da mais linda flor que minha existência observaria.
__ Muito bonita não é? Era Aniel que se colocou ao meu lado para admirar aquela obra tão perfeita.
Quando consegui me desvencilhar do magnetismo daquela imagem deslumbrante, olhei para meu anjo e confesso que se ele fosse matéria eu lhe teria dado um enorme abraço. Meu anjo entendia o que se passava comigo, e as suas palavras, das últimas que ouviria, lembrarei enquanto existir.
__ Eu li o seu coração e visitei a sua alma. Só agora isto foi possível porque o caminho estava aberto, posso te dizer que a beleza dos sentimentos que agora moram em você são tão bonitos quanto a beleza desta flor. Sei que veio se desculpar pelas suas condutas, mas não é necessário, a culpa é da ignorância em que você vivia e ti tornava impermeável para o maior sentimento da alma que é o de amar.
As palavras de meu anjo se transformavam em um balsamo que cicatrizavam as feridas de meus defeitos, e as lágrimas que rolavam pelo meu rosto nunca tiveram um sabor tão doce. Ele me disse a seguir que iria embora, eu já estava crescido e não precisava mais de um anjo, mas ele ainda tinha muitas pessoas para ajudar a encontrar os seus caminhos, como eu encontrara o meu, esta era sua missão. Quando se despedia para ir embora me lembrei do beija-flor e perguntei por ele. Meu anjo hesitou, pela primeira vez desde que ele me fora apresentado num sonho que tive na infância e disse que a partir daquele momento seria meu anjo, ele hesitou.
__ Ele está num bom lugar, fique tranqüilo pois ele não está sofrendo.
__ Ele está morto não é mesmo? Deve ter morrido de frio e eu fui o culpado por isto.
__ Não, ele não morreu de frio, e a morte dele não foi sua culpa. Ele morreu por um ideal que julgou valer a pena, na verdade ele deu a sua vida por amor. Você deve ter percebido que ele sempre estava junto da roseira quando a temperatura aumentava o suficiente para ele deixar o aconchego que as folhas do crisântemo lhe proporcionava. Nestes momentos ele ia para junto da roseira e se alimentava de sua seiva como eu já lhe dissera, em troca, ele doava um pouco de seu sangue para que ela pudesse colorir a sua rosa branca. Todos os dias após o nascimento do botão, ele colocava seu peito de encontro a um dos espinhos e fazia a sua doação.
__ Ele morreu feliz, alcançou seu objetivo como você pode ver.
__ Mas e a roseira, porque queria uma rosa vermelha?
__ Para ti agradar! E ela conseguiu não é mesmo?
FIM

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